A Fidelidade de Deus
Tiago 4:13-17 diz:
“Eia agora vós, que dizeis: Hoje, ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos, e ganharemos; digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a nossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece; Em lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo. Mas, agora, vos gloriais nas vossas presunções: toda a glória tal como esta é maligna. Aquele, pois, que sabe fazer o bem, e o não faz, comete pecado.”
Durante o ano que passou, fomos mais do que uma vez confrontados com isto que Deus nos fala através de Tiago: tantas vezes dizemos “hoje vou fazer…”, “amanhã irei fazer desta forma…”, e tantas outras frases, tão cheias de certeza, que se revelaram tão difíceis de concretizar. A Palavra ensina-nos a pensar e a dizer: “se assim o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo”. Estas frases expressam algo: a vontade de Deus. Não conhecemos por inteiro os nossos dias, mesmo que façamos planos. Aliás, a Bíblia incentiva-nos a fazer planos, sabendo, porém, que os passos é Deus quem os determina:
“O coração do homem planeia o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos” – Provérbios 16:9.
Quando sabemos isto, descansamos na fidelidade de Deus.
A Bíblia está cheia de promessas. Existem mais de 8000 promessas na Bíblia! E só (!) temos 365 dias no ano.
Às vezes, estamos à espera de algo “extra”: um sonho, uma palavra, uma revelação. Elas são importantes e também são formas pelas quais recebemos revelação da vontade de Deus. Mas a Bíblia (o diário escrito por Deus para nós!) está carregada das promessas que Deus já declarou para as nossas vidas!
Precisamos perguntar-nos: o que vamos fazer com as promessas?
Temos 365 dias no ano e mais de 8000 promessas dispersas por toda a Bíblia. Isso indica-nos que os dias que temos num ano não seriam suficientes para as cobrir todas! Então façamos de tudo para disfrutar de várias promessas de Deus a cada dia! Somos limitados e limitamos Deus. Ele quer fazer muito mais do que já fez. Ele quer revelar algo novo a cada dia. E nós fundamentamo-nos nas 24 horas do dia. E nas necessidades que queremos ver supridas. Sem pensar que há muito mais que Ele quer que nós vivamos. Ele disponibilizou tudo através da Sua Palavra e a questão é: até que ponto realmente A conheces?
2 Coríntios 1:20 diz:
“Porque todas quantas promessas há de Deus, são, nele, sim, e, por ele, o Ámen, para glória de Deus, por nós.”
Se Deus disse, Ele cumprirá! Se Ele falou, se Ele prometeu, Ele vai cumprir! Então por que é que tantas vezes não as recebemos?
Porque não temos revelação delas! Porque não as recebemos, não cremos, duvidamos e desanimamos! “Será que vai mesmo ser assim? Porque acontece com os outros, mas comigo não se cumpre? Deus já desistiu de mim?”.
Tantas e tantas questões colocamos a fazer frente às promessas. “Deus disse, mas eu não creio. Quero crer, mas as circunstâncias falam demasiado alto. O problema é demasiado grande, a esfera da impossibilidade é muito maior do que a possibilidade… Eu tenho fé, mas não atinjo o necessário para alcançar…”. Tantas desculpas, tantas vezes que a razão fala mais alto. É preciso ter fé para ter fé! Mas também a questão que deixo é: e então? Será mais fácil viver sem ela? Será que não crer me torna mais feliz? Ou me aproxima mais do que realmente quero conquistar? Porque não dar “oportunidade” à fé, ao crer? Porque não tomar decisões que, ainda que pareçam alheias à nossa razão, poderão levar-me a experimentar os milagres e as promessas que necessito? Há quem diga que a fé é cega. Eu acredito que a fé é demasiado visionária! Ela não é cega, ela vê o que Deus vê. Ela crê como Deus crê. Ter a fé de Deus tem que ser o nosso propósito de vida. Se assim for, vamos conseguir ver como Ele vê e receber o que Ele já preparou!
Está escrito em Lamentações de Jeremias 3:22-23:
“As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos; porque as suas misericórdias não têm fim. Novas são cada manhã; grande é a tua fidelidade.”
As misericórdias do Senhor pela nossa vida renovam-se a cada manhã! Acorde sempre com esta expetativa de que Deus fará algo novo hoje! Se não fosse a Sua misericórdia, diz a Palavra, seríamos destruídos. Pelo Seu amor, bondade e misericórdia não somos consumidos. Então, disfrutemos a cada dia das promessas de Deus. A cada novo dia, há uma nova oportunidade!
“Porque eu bem sei os pensamentos que penso de vós, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais” – Jeremias 29:11.
Este versículo é, para mim pessoalmente, tantas vezes como um “baque” que Deus me dá! Quando estou eu a divagar nos meus pensamentos, nos meus “achos”, nos meus “porquês” e até nas minhas justiças próprias e na minha forma de ver as coisas, ouço no meu íntimo este versículo que me faz parar com as “queixas”. Como se Deus parasse todo aquele meu rol de queixumes para me dizer:
“Hei, filha, aquieta-te. Eu é que sei os pensamentos que penso sobre ti. São pensamentos de paz, e não para te fazer mal. Para te dar um fim, um futuro, uma esperança, tal como tu desejas! Eu conheço os teus desejos, tu é que não conheces os Meus caminhos!”
E aí calo-me, aquieto-me e confio que Ele é quem tem a última palavra sobre a minha vida. Ele realmente conhece o que eu não conheço. Eu poderia pensar que desta e daquela maneira, era a indicada, mas de que me adianta? Posso mudar as circunstâncias? De nenhuma forma. Então, resta-me esperar, aquietar-me e confiar que Ele sabe o que eu não sei.
Os pensamentos que Ele tem sobre nós têm como único objetivo fazer-nos bem! E esse já é um bom motivo para confiar Nele.
“Porque, para mim, tenho por certo que as aflições deste tempo presente, não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada” – Romanos 8:18.
Paulo tinha esta verdade como uma certeza na sua vida: Ele tinha por garantido que as aflições que estava a viver nesse tempo, não se comparavam com a glória que lhe iria ser revelada! Quantos de nós não estaremos a viver exatamente assim, como Paulo, tantas aflições? Mas a atitude dele e a nossa, será comparável? Será que temos a mesma expetativa? A de que iremos viver tempos de glória que não se compararão com as dificuldades que temos hoje? É verdade que aquilo que pensamos é o que vamos ter. Porque o que pensamos passa a ser o que acreditamos e, no fundo, é conforme a isso que vivemos. Quando cremos nas promessas de Deus e na Sua fidelidade, sabemos que ainda que passemos por situações complicadas, isso não se comparará à glória que iremos experimentar!
Que tenhamos sempre na nossa boca as palavras de Paulo, em 2 Coríntios 4:8; 16-18:
“Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos… Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz, para nós, um peso eterno de glória mui excelente; não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que não se veem são eternas.”
Como obter as promessas de Deus?
Tenha sempre uma atitude de fé e confiança.
Não se dê por vencido! Não renuncie nem desista dos seus sonhos e promessas. Continue a orar, a crer, a adorar.
Peleje pelas suas promessas até vê-las cumpridas.
Ore, creia e declare: as promessas de Deus são suas!
Pastora Ana Ferreira